
O projeto FlexC representa um dos casos de uso, tratando-se de uma solução inovadora que permite o carregamento de veículos elétricos (VE) em garagens comuns sem necessitar do aumento de potência do ramal de alimentação do edifício.
A solução desenvolvida pela E-REDES em parceria com a EDP Inovação, baseia-se na possibilidade de utilização da potência requisitada do edifício para carregamento dos VE, quando esta não se encontra a ser utilizada pelas restantes frações, permitindo carregar a totalidade dos VE nomeadamente nos horários de menor consumo.
Para isso, a potência consumida pelo edifício é monitorizada com recurso a um Equipamento de Monitorização de Rede (EMR), sendo essa informação enviada para o Módulo de Gestão de Potência (MGP) que calcula a potência disponível em cada momento e a direciona para a garagem através da parametrização do ICP do EMI e enviando o valor de potência disponível para o sistema de carregamento inteligente do cliente, permitindo o aumento da capacidade de carregamento sem alterar a infraestrutura de rede que alimenta o edifício.
A solução FlexC da E-REDES para carregamento de VE engloba os seguintes dispositivos:
- Equipamento de monitorização de rede: Mede o consumo total do edifício.
- Equipamento de Medição Inteligente (EMI): Mede o consumo total da instalação que alimenta a garagem e realiza o controlo de potência.
- Módulo de Gestão de Potência: Recebe o consumo instantâneo do prédio e da instalação que alimenta a garagem, calcula a nova potência disponível, configura-a no EMI e envia para a sistema de carregamento inteligente do cliente.
Este projeto atingiu um marco no mês de março, tendo sido realizado com sucesso o comissionamento da primeira instalação do piloto e iniciada a sua exploração.
A instalação do promotor Smart Energy Lab (SEL), foi a primeira de cinco instalações que nesta fase farão parte do projeto piloto a concluir as etapas de implementação, certificação e testes de entrada em serviço.
O projeto piloto, aprovado pela ERSE no final de fevereiro de 2025, contempla uma fase de exploração até novembro de 2025 com a possibilidade de extensão de até mais 2 anos. No final do piloto será avaliado a adequabilidade da solução e se se avança com a implementação massificada da solução.