Histórias

Receber um mundo de diversidade

Em 2016, dois jovens partiram à aventura e descobriram a diversidade na EDP Distribuição. Beirute e Madrid encontraram-se em Lisboa.

“Desde o início que fomos muito bem acolhidos”

Jad Azar e Álvaro Morena

Jad Azar entrou no universo EDP Distribuição pela porta do EDP Trainee Program. Em janeiro de 2018, depois de concluir a 3.ª edição do programa, deu mais um passo, começando a trabalhar na empresa. Neste momento está integrado na Direção de Serviços Comerciais, uma área que exige capacidade de ação e reação apuradas. 

Mas a história de Jad Azar começa a quatro mil quilómetros de Lisboa, em Beirute. Foi na capital do Líbano que cresceu, estudou e se licenciou em Economia na American University of Beirut. Mais tarde, na altura de tirar o mestrado em Gestão, com especialização em Marketing e Vendas, o jovem libanês nascido em 1994 decidiu viajar até à Europa: “Decidi fazer o meu mestrado e começar a explorar um pouco o mundo e fui para Madrid, onde estudei no Instituto de Empresa”. Foi uma viagem de quase 3.500 quilómetros até à capital espanhola. 

Quem já lá estava era Álvaro Puertas de la Morena. Nasceu, cresceu e estudou em Madrid. Formou-se em Engenharia Elétrica na Universidad Politécnica de Madrid e concluiu o mestrado em Engenharia Industrial na Universidad Pontificia Comillas. 

Pelo meio, entre estágios e projetos para o mestrado, contou com passagens pela Iberdrola e pela Rede Elétrica de Espanha: “Depois do mestrado também fui recrutado para entrar no programa de trainees, na 3.ª edição”, conta o jovem espanhol, que também tem formação em piano no Conservatório Federico Moreno Torroba. Atualmente, Álvaro trabalha na Direção de Tecnologia e Inovação da EDP Distribuição:

O que faço é identificar novas tecnologias, novas ideias, novas metodologias que possam ser integradas em projetos-piloto e que possam passar a uma solução de rollout se houver interesse a nível de negócio

Álvaro Morena

Foi na Internet que Álvaro teve conhecimento de que a EDP estava à procura de candidatos para integrarem a 3.ª edição do Trainee Program e decidiu candidatar-se. Para Jad, o programa chegou através das feiras de emprego organizadas pelas universidades, nas quais várias empresas marcam presença: “A EDP era uma das empresas e decidi enviar o meu currículo”.

Faltavam percorrer os cerca de 500 quilómetros que separam Madrid de Lisboa. Ainda sem se conhecerem, Jad e Álvaro saiam da mesma cidade rumo ao mesmo destino e com o mesmo objetivo na bagagem: fazer parte da família EDP e contactar com pessoas de diferentes origens.

“Desde o início que fomos muito bem acolhidos”

Álvaro Morena 

“Tive oportunidade de conhecer várias pessoas de diferentes áreas que estavam sempre disponíveis para me ajudar, motivar”

Jad Azar

Uma empresa pronta a acolher a diversidade

A aventura no Trainee Program começou em outubro de 2016, altura em que teve início a fase de onboarding, que terminou em dezembro desse ano. “Desde o início que fomos muito bem acolhidos”, destaca Álvaro. Dos 40 trainees que integraram o programa, cerca de 25 eram portugueses e os restantes eram estrangeiros: “Havia muita gente de Lisboa e que nos convidava para jogar futebol e foi muito boa ideia ter uma alta percentagem de pessoas de Portugal”, refere o jovem de Madrid.

Jad considera que não existem dúvidas de que a EDP Distribuição é uma empresa que sabe receber quem vem de fora e que aposta na diversidade:

A empresa está a adaptar-se a um mundo que está sempre a mudar, que é cada vez mais digital, mais internacional e mais global. Acho que a EDP Distribuição está a tentar fazer isso com as pessoas que são recrutadas

Jad Azar

As nacionalidades portuguesa, espanhola e libanesa não eram as únicas no grupo de trainees: “Havia um nigeriano. Também havia iranianos, alemães, brasileiros e indianos”, lembram os dois. Jad considera que o facto de haver pessoas de origens tão distintas e com backgrounds diferentes permitiu “multiplicar conhecimentos e multiplicar bons momentos” entre todos.

Falar português: o desafio superado com distinção

Quando chegaram a Portugal, Jad e Álvaro não se conheciam e mal falavam português. Hoje são amigos e a boa relação é visível pela forma como interagem e vão brincando um com o outro durante a conversa sobre a vida na EDP Distribuição. E fazem-no em português, uma língua que tiveram de aprender. 

Para Álvaro, a adaptação à língua foi mais fácil do que para Jad:

“Mas percebi, de muitos amigos portugueses, que nós espanhóis, mesmo que pareça que a língua é muito parecida, não estamos habituados a falar outras línguas”

Assim, durante os primeiros tempos, tentou perceber melhor a língua e hoje, mesmo com um pequeno sotaque espanhol, fala fluentemente português.

Jad revela que a língua foi a principal dificuldade durante o primeiro ano no novo país, mas encarou a aprendizagem como um desafio. Durante seis meses, teve aulas de português três vezes por semana. Além disso, o apoio das pessoas da EDP e a capacidade de integrar quem vem de outro país voltaram a fazer a diferença.

“Tive oportunidade de conhecer várias pessoas de diferentes áreas que estavam sempre disponíveis para me ajudar, motivar e dar o suporte necessário quando era preciso”

O grupo do futebol e a Queima em Coimbra

Álvaro é “muito fã de futebol” e adepto do Real Madrid. Logo no primeiro Natal que passou em Portugal, o grupo de trainees decidiu organizar uma sessão do já conhecido ‘amigo secreto’.

Nessa altura tive a sorte de ser o ‘amigo’ de alguém que era do Benfica e então o meu presente de Natal desse ano foi um cachecol do Benfica

Álvaro Morena

Mais tarde, foi convidado para ir ver os jogos, acabou por ser integrado num grupo que ia regularmente ver o Benfica e comprou até um lugar anual para poder ver todas as partidas no Estádio da Luz.

Os momentos que Jad destaca são aqueles em que esteve em Seia, a dar apoio no contact center, e em Coimbra, quando esteve integrado na Direção de Operações da Inovgrid. Apesar de o tempo passado na cidade dos estudantes ter sido intermitente (estava uma semana em Lisboa e outra em Coimbra), o jovem libanês revela, com um sorriso no rosto, que ainda teve tempo para ir à Queima das Fitas.

A satisfação por ser parte da EDP Distribuição

A forma descontraída, divertida e sorridente com que Jad e Álvaro encaram a conversa ajuda a perceber que gostam de viver em Portugal e de trabalhar na EDP Distribuição. Fazem sempre questão de destacar que o ambiente de trabalho e a forma como foram recebidos e são tratados ajudam a esse sentimento.

Mas saudades de casa e do país natal existem sempre. O espanhol, que tem mais facilidade de se deslocar à sua cidade, diz que “os amigos e a família” são aquilo de que sente mais falta: “Isso é o que mais valorizo”. Jad fala de saudades da comida típica, embora esteja contente por haver cada vez mais restaurantes libaneses perto do local de trabalho. Apesar das saudades da família e das tradições, o tempo na EDP Distribuição tem permitido uma evolução constante.

Quando se está no estrangeiro tem de se ter uma nova cultura. É verdade que Portugal é parecido com Espanha, mas tem as suas diferenças. E para o Jad deve ser ainda mais diferente. Mas tens de ter em conta este tipo de códigos de conduta que existem em cada país e isso faz-te abrir a mente

Álvaro Morena

Jad, bem-disposto e em brincadeira com o amigo espanhol que também se ri, afirma que a grande evolução está no alargamento do leque de línguas que já sabe falar:

Já estou a falar cinco: português, árabe, francês - porque o Líbano era uma colónia francesa e então em quase todas as escolas se estudava francês, inglês. E quando fui para Madrid ninguém queria falar inglês, ninguém quer falar outra língua, e tive de aprender espanhol

Jad Azar

A aprendizagem da língua é, de resto, o grande conselho que Jad dá a quem queira trabalhar em Portugal: “A comunicação é um ativo para qualquer pessoa. É o que permite passar a tua mensagem”.

O conselho inicial de Álvaro também passa por aprender a língua, mas acaba por destacar a capacidade dos portugueses para bem receber: “Se tivesse de dar um conselho seria para que aproveitassem o facto de as pessoas serem muito acolhedoras”.