Transição Energética

À medida que as alterações climáticas transformam a Terra como a conhecemos, sabemos que apenas com o contributo de todos é possível vencer este desafio e proteger o planeta. A transição energética é um dos pilares mais importantes desta luta e na E-REDES compreendemos que a rede elétrica enfrenta vários desafios, mas trabalhamos continuamente para os superar. Afinal, não há Planeta B.

A transição energética, assente na substituição de energias de origem fóssil por fontes renováveis, na maior eficiência e na crescente eletrificação dos consumos, é atualmente um desígnio consensual. Os objetivos de atingir a neutralidade carbónica em 2050 e limitar o aumento da temperatura a 1,5 C,º contemplados no Acordo de Paris, fundamentam ambiciosas políticas energéticas, europeias e nacionais. 

Em Portugal, o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 prevê: 

• Reduzir entre 45 % e 55 % as emissões de gases com efeito de estufa, por referência às emissões registadas no ano de 2005. 

• Incorporar 47 % de energia de fontes renováveis no consumo final bruto de energia.

• Reduzir 35 % do consumo de energia primária com vista a uma melhor eficiência energética.

• Atingir 15 % interligações de eletricidade.

A descarbonização do sector elétrico é determinante nesta estratégia de descarbonização da economia. O país deverá chegar a 2026, com 80% da eletricidade produzida a partir de renováveis, impondo uma profunda transformação ao sistema elétrico. Fortemente descarbonizado, descentralizado e digitalizado, ancorado em redes inteligentes e num novo paradigma de distribuição de eletricidade. 

Redes de Energia Inteligentes

A E-REDES, enquanto concessionária das redes de distribuição em alta média e baixa tensão em Portugal Continental assume um papel central na transição energética em curso, ligando consumidores, autoconsumidores, produtores, agregadores, sistemas de armazenamento, oferta e procura de serviços de flexibilidade, veículos elétricos. Um complexo e dinâmico ecossistema com diferentes fatores e necessidades, de eletricidade e de informação. O operador de rede de distribuição (ORD) rompe com o modelo clássico de gestor de redes elétricas e passa também a gestor de redes de informação. 

A digitalização, a massificação das redes inteligentes (smartgrids) capacitadas para assegurar fluxos bidirecionais de energia e dados, confere ao ORD o papel de data hub. São estes dados que permitem a monitorização, controlo e gestão dinâmica de energia, em tempo real, com vista à otimização dos fluxos energéticos, à crescente integração de produção renovável descentralizada, variável, e à participação ativa do consumidor. Tudo sem nunca comprometer a qualidade e fiabilidade do fornecimento de eletricidade. 

A E-REDES continua a investir na inteligência, na resiliência, na automação e sensorização, em novas ferramentas de planeamento e de gestão, na partilha de dados com os múltiplos stakeholders porque as redes do futuro são um desafio em contínuo, até atingirmos uma transição energética plena e justa.